12 JAN 10 às 12:29
" A Associação Nacional das Indústrias de Conservas de Peixe encara com optimismo a certificação que sexta-feira vai ser atribuída à sardinha capturada na costa portuguesa e avança que as indústrias estão prontas a responder às exigências de qualidade.
«O que se pretende é valorizar o produto do ponto de vista do preço a que é vendido junto do consumidor final», afirma à Lusa Narciso Castro e Melo, secretário-geral da associação, que espera que o consumidor saiba valorizar as conservas certificadas das não certificadas no acto da compra.
O responsável adiantou que das 14 indústrias conserveiras a nível nacional a transformar sardinha, 11 já foram sujeitas a auditorias e deverão em breve ter conservas de sardinha com o rótulo azul de qualidade atribuído da «Marine Stewardhip Council» (MSC).
Narciso Castro e Melo revelou que as conserveiras modernizaram-se e estão já a aplicar regras de segurança alimentar que lhes permitem responder aos apertados critérios relacionados com a certificação ambiental da sardinha.
Para o secretário-geral da associação, a certificação era aliás «indispensável para aumentar a competitividade» da indústria de conservas, sobretudo em relação a Marrocos e Espanha.
«É um sector que exporta 60 por cento da sua produção e tem clientes estrangeiros nomeadamente do mercado inglês que exigem a certificação», justificou, sendo esperada uma maior valorização do preço de venda das conservas certificadas.
«A sardinha certificada só traz benefícios para o consumidor porque é uma garantia de qualidade e o consumidor dá resposta ao aumento de qualidade», assegurou António Pinhal, administrador da conserveira “Pinhais e Companhia Lda”, indústria com 89 anos que continua a adoptar métodos de fabrico artesanais nas conservas de sardinha.
Uma estratégia que permite à conserveira de Matosinhos ter um produto de maior qualidade, reconhecido sobretudo no mercado externo ou em lojas gourmet portuguesas.
«As pessoas estão a valorizar a qualidade e não se importam de pagar mais caro», acrescentou.
Por ano, são comercializadas em todo o país 25 mil toneladas de sardinha em conserva, 60 por cento das quais destina-se à exportação, o que permite facturar 250 milhões de euros.
Em todo o mundo, mais de 1500 organizações e sete milhões de toneladas de pescado (12 por cento do total de capturas) estão envolvidas em processos de certificação da MSC, sendo que quatro milhões de toneladas de peixe já são certificadas."
via tsf sapo
2 comentários:
Les Portugais seraient-ils en train de prendre le même chemin que les Bretons? C'est une bonne chose. Ici, la certification et les labellisations ont permis, depuis déjà quelques années, de promouvoir avec succès les sardines mises en conserve dans nos usines.
Content de te savoir de retour! Saludo sardinhal ;-)
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